A janela de transferências no Brasil se fechou na última sexta-feira (11), e o Vitória não conseguiu sanar todas as carências do elenco. Em três meses, o Rubro-Negro contratou 21 atletas e investiu algo em torno de R$ 26 milhões na aquisição de direitos econômicos.
Durante a atual temporada, o Vitória perdeu Wagner Leonardo, Lucas Esteves e Alerrandro, mas não conseguiu repor com eficiência. Na zaga, o clube contratou Lucas Halter e Zé Marcos, que hoje formam a dupla titular, mas ainda não transmitem confiança ao torcedor.
Nas laterais, Claudinho é quem mais agrada, embora ainda busque a melhor forma física. Pela esquerda, Jamerson e Hugo disputam a vaga que era de Lucas Esteves, mas não convencem. Como esforço de última hora, o Vitória tentou a contratação de Felipe Jonatan, do Fortaleza, mas esbarrou em questões financeiras. Quem chegou para a base, mas pode ser utilizado no profissional, foi o lateral Maykon Jesus.
No meio-campo, apenas Gabriel Baralhas conseguiu se firmar e se tornou um dos destaques da equipe. Ronald e Pepê ainda não caíram nas graças do técnico Thiago Carpini, que tem optado por Ricardo Ryller e Willian Oliveira, remanescentes de 2024.
Wellington Rato, o único meia de origem contratado, ainda está longe de justificar os R$ 5 milhões investidos em sua aquisição, embora seus números não sejam ruins: são dois gols e cinco assistências em 19 jogos. Contestável, tem sido uma opção no banco de reservas.
O principal problema do Vitória está no ataque, justamente o setor que recebeu mais investimentos. Somando os valores por Lucas Braga, Fabri, Erick e Renato Kayzer, o clube desembolsou cerca de R$ 14 milhões, mas ainda está longe de encontrar soluções efetivas.
Com exceção de Renato Kayzer, que ainda não estreou por questões físicas, apenas Erick parece ter agradado ao técnico Thiago Carpini. Lucas Braga, um dos maiores investimentos do clube, pouco contribuiu para o desempenho do time e tem perdido espaço. Fabri, que começou o ano em alta, amarga uma seca de 12 partidas sem marcar.
Bruno Xavier e Carlinhos também tiveram oportunidades, mas pouco acrescentaram. Léo Pereira e Felipe Cardoso jogaram pouco para que seja possível qualquer avaliação mais concreta. Em 2025, ainda haverá mais duas janelas: de 2 a 10 de junho e de 13 de julho a 2 de setembro.
Confira a lista de contratações:
Goleiro (1)
- Gabriel (Em definitivo com contrato até 2028 – 1 milhão de reais)
Zagueiros (2)
- Zé Marcos (Em definitivo com contrato até 2027 – sem custo)
- Lucas Halter (Emprestado com opção de compra pelo Botafogo até fim de 2025)
Laterais (4)
- Claudinho (LD) (Em definitivo com contrato até 2027 – 5 milhões de reais)
- Jamerson (LE) (Emprestado com opção de compra pelo Coritiba até fim de 2025)
- Hugo (LE) (Emprestado com opção de compra pelo Botafogo até fim de 2025)
- Maykon Jesus (LE) (Emprestado com opção de compra pelo Atlético/MG até fim de 2025)
Volantes (4)
- Ronald (Em definitivo com contrato até 2025 – sem custo)
- Thiago Conti (Thiaguinho) (Em definitivo com contrato até 2025 – sem custo)
- Gabriel Baralhas (Emprestado com opção de compra pelo Atlético/GO até fim de 2025)
- Val Soares (Já deixou o clube)
Meias (2)
- Pepê (Em definitivo com contrato até 2027 – 1 milhão de reais)
- Wellington Rato (Em definitivo com contrato até 2027 – 5 milhões de reais)
Pontas (5)
- Bruno Xavier (Em definitivo com contrato até 2025 – sem custo)
- Lucas Braga (Em definitivo com contrato até 2027 – 5 milhão de reais)
- Erick (Emprestado sem opção de compra pelo CRB até fim de 2025 – 1 milhão de reais)
- Léo Pereira (Emprestado com opção de compra pelo CRB até fim de 2025)
- Felipe Cardoso (Emprestado com opção de compra pelo Atlético/BA até fim de 2025)
Centroavantes (4)
- Carlinhos (Emprestado com opção de compra pelo Flamengo até fim de 2025)
- Renato Kayzer (Em definitivo com contrato até 2027 – 5 milhão de reais)
- Fabri (Em definitivo com contrato até 2026 – 3 milhão de reais)
