Thiago Carpini testou oito jogadores diferentes no ataque do Vitória contra o Defensa y Justicia, e três nomes fizeram o papel de centroavante em diferentes momentos do jogo, mas o apito final veio antes do treinador encontrar uma solução para os problemas ofensivos do Leão. O 0 a 0 na Argentina ao menos serviu para o técnico encontrar uma nova dupla de zaga para assumir a condição de titular [assista aos melhores momentos abaixo].
Defensa y Justicia 0 x 0 Vitória | Melhores momentos | 2ª Rodada | CONMEBOL Sul-Americana
Mesmo fora de casa, Carpini abriu mão da escalação com três volantes dos últimos jogos e foi para campo em um 4-2-3-1. Para tentar resolver o problema do lado esquerdo do ataque, onde ninguém conseguiu se firmar em 2025, o treinador colocou Janderson por ali e abriu espaço para Carlinhos como centroavante.
- Lucas Arcanjo; Claudinho, Lucas Halter, Zé Marcos e Jamerson; Baralhas (Ricardo Ryller), Willian Oliveira e Matheusinho (Fabri); Erick (Wellington Rato), Janderson (Gustavo Mosquito) e Carlinhos (Carlos Eduardo).
Lucas Halter foi um dos destaques do Vitória contra o Defensa y Justicia — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
O Vitória tentou explorar os atributos físicos de Janderson e Jamerson pelo lado esquerdo, mas a dobra só funcionou no sistema defensivo. Outra dificuldade encontrada pelo Rubro-Negro foi a lentidão para ir da defesa ao ataque. Os volantes não “quebraram linhas” e abusaram de passes para o lado ou para trás.
E nas poucas vezes em que a bola foi trabalhada no setor ofensivo, os erros técnicos foram flagrantes. Carlinhos falhou diversos domínios, Erick errou passes e Matheusinho também esteve pouco inspirado. Em 45 minutos, o time teve apenas uma boa jogada: tabela entre Erick e Willian Oliveira que terminou em finalização defendida do camisa 33.
A boa notícia é que a defesa não sofreu. O Vitória equilibrou a posse de bola (50% x 50%) e se defendeu bem dos avanços do Defensa y Justicia, que teve apenas finalizações pontuais. E aqui vale um destaque para a dupla de zaga formada por Lucas Halter e Zé Marcos, que fez partida muito segura e deve ser mantida para os próximos jogos.
Defensa y Justicia x Vitória Matheuzinho e Aaron Molinas — Foto: MARCOS BRINDICCI / AFP
Com 15 minutos do segundo tempo, Thiago Carpini fez as primeiras substituições para buscar soluções ofensivas. Wellington Rato entrou no lugar de Erick pela direita, e Carlos Eduardo ficou com a vaga de Carlinhos, mas foi jogar aberto pelo lado esquerdo, enquanto Janderson assumiu o papel de centroavante.
Carpini também tentou Gustavo Mosquito pela esquerda e Carlos Eduardo como centroavante (o terceiro da noite), mas nada fez o ataque rubro-negro funcionar. Um problema que já não vem de hoje e mais uma vez atrapalhou o time na temporada. Se fosse um pouco mais produtivo lá na frente, o Vitória poderia ter voltado da Argentina com três pontos.
Além do problema no ataque seguir sem solução, Carpini passa a impressão de estar longe de encontrar respostas. O copo meio vazio ainda mostra o Vitória agora com seis jogos sem vencer na temporada. Por outro lado, o copo meio cheio tem a evolução do sistema defensivo, que fez partida segura e voltou a não ser vazado depois de cinco partidas. E tem também o importante ponto somado fora de casa, algo que deve ser sempre valorizado em competições continentais.
Defensa y Justicia x Vitória pela Sul-Americana — Foto: Divulgação / Conmebol
O Vitória segue em viagem. Neste domingo, o Rubro-Negro encara o Atlético-MG, no Mineirão, às 20h30 (horário de Brasília), pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
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