O Vitória não tomou conhecimento do Atlético de Alagoinhas jogando no Carneirão e venceu, por 4 a 0, jogo disputado na noite deste sábado, pelo confronto de ida das semifinais do Campeonato Baiano. Lucas Braga, Lucas Halter, Jamerson e Gustavo Mosquito anotaram os gols do Leão, que colocou um pé na grande decisão.
Com o triunfo, o Vitória completou ampliou a invencibilidade para 20 partidas. Após o compromisso deste sábado, o técnico Thiago Carpini celebrou o momento, mas pediu pés no chão.
– Representa uma maior responsabilidade. Se cria uma imagem de que a derrota não vai acontecer, mas vai acontecer, e vamos precisar tirar o melhor disso. Estamos com jogos decisivos e em um bom momento, mas isso pode não representar nada. Por isso a cada vitória, a cada resultado positivo, cada recorde, aumenta a pressão sob nosso trabalho. Nós temos que ser melhores que nós mesmos a cada jogo. A gente volta para o Barradão depois de quatro jogos fora de casa com quatro vitórias. Então tem muito saldo positivo.
"O atleta trabalha também pelo lado financeiro, claro, é importante, mas acima disso existem outros valores. É isso que quero passar para eles: os títulos, os recordes, os tabus. A importância de deixar um legado, de ser lembrado com carinho. Se não for nós, são outros que vão fazer".
O Vitória pode até perder por dois gols de diferença o jogo de volta, no Barradão, marcado para o próximo sábado, que avança para a final. Derrota por três gols leva a disputa para as cobranças de pênaltis.
– Ano passado foi muito desafiador até encontrar um caminho. Acho que hoje o Vitória tem uma maneira de se comportar. O time ideal vai variar bastante, os atletas vão ocupando seu espaço. Hoje o Halter fez uma partida muito segura, é um jogador que eu tenho muita convicção. Precisamos confiar no que está sendo feito. Que esse aproveitamento siga, sei que é muito alto, é muito difícil, mas vai nos passar muita segurança. Acho que encontramos um caminho, o início de ano tem sido maravilhoso.
Thiago Carpini em entrevista coletiva — Foto: Gabrielle Gomes
Mas antes de receber o Atlético no Barradão o Vitória tem um compromisso com o Altos, também em casa, às 21h30 desta quarta-feira (horário de Brasília), pela quinta rodada da Copa do Nordeste.
Veja outros trechos da entrevista coletiva de Thiago Carpini:
Transição defensiva melhorou?
– A gente trabalha com algumas situações que podem ocorrer no jogo. Esses passes mais longos, vocês viram como foi o início do jogo. O gramado muito alto atrapalha nossa circulação, nosso jogo de posse e controle. O jogo do Maranhão foi ainda pior em relação a isso. São cenários que tornam o jogo mais difícil, mas temos sido eficientes para nos adaptar e conquistar os resultados. Foi assim ano passado, posso citar o jogo contra o Athletico na Arena da Baixada, que a gente foi muito maduro para vencer com três finalizações.
Lideranças no elenco
– A gente tem essa estratégia agora de rodar as lideranças. Todos sabem o que foi planejado, então com esse rodízio eu quero criar mais pilares. O Vitória não pode ser refém de um jogador, de Carpini, de ninguém. Precisamos criar responsabilidades para todos no nosso dia a dia.
Busca por recordes
– Quando a gente fala as coisas com verdade, as chances de ser ouvido são maiores. O atleta trabalha também pelo lado financeiro, claro, é importante, mas acima disso existem outros valores. É isso que quero passar para eles: os títulos, os recordes, os tabus. É isso que quero passar para eles. A importância de deixar um legado, de ser lembrado com carinho. Se não for nós, são outros que vão fazer.
Gramado do Carneirão
– Conseguimos jogar mais hoje, fazer jogadas trabalhadas, passes longos. A adaptação dos atletas ao que era necessário foi ótima. Ficamos felizes e satisfeitos. Hoje representou muito para nós. O fato de já ter enfrentado o adversário me dá muito mais embasamento no que eu preciso passar para os atletas. Contra o Maranhão foi mais difícil porque a gente não sabia o que ia enfrentar. O primeiro jogo aqui também, mas hoje eu já sabia o que ia enfrentar, já estava tudo muito mais claro. E isso facilita passar as informações para os atletas.
Rato
– O Rato foi muito importante a atuação boa dele hoje. Sofreu pênalti, deu assistência. A gente tem muita certeza do que ele vai entregar. O Rato é um líder, hoje foi nosso capitão, é um cara muito importante. Ele atravessa um momento delicado pessoal, e o grupo tem abraçado ele de uma maneira incrível. A gente entende esse momento delicado, é pessoal, particular. Mas ele vem conseguindo entregar.
Chegada de Pepê
– A chegada do Pepê é justamente isso, um volante e meia, tem capacidade de pisar na área. Já jogou de costas e joga pelos corredores. Tem boa saída no aspecto defensivo, é um nome também pensando em alternativas. Vamos precisar de muita gente, temos muitos jogos.
Veja também