A dupla Ba-Vi não está na final do Campeonato Baiano à toa. As duas equipes chegam à decisão com boas campanhas e números relevantes, que podem fazer a diferença em um dos clássicos mais disputados do país. Enquanto o Rubro-Negro tem a melhor defesa do estadual, o Tricolor vai colocar à prova o status de ataque mais eficiente.
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Em onze jogos disputados no Campeonato Baiano, o Vitória sofreu apenas seis gols. O Rubro-Negro manteve nesta temporada a regularidade defensiva conquistada na campanha do título da Série B 2023, quando teve a segunda melhor defesa da competição, com 31 gols sofridos em 38 jogos, só atrás do Vila Nova e Novorizontino.
E o desempenho desta temporada está atrelado à base que foi mantida do ano passado. Lucas Arcanjo, Zeca, Camutanga e Wagner Leonardo continuam como pilares da equipe treinada por Léo Condé. Na temporada como um todo, são 13 gols sofridos em 19 partidas.
Camutanga e Wagner Leonardo são os pilares da defesa do Vitória — Foto: Victor Ferreira / EC Vitória
No Barradão, local da partida deste domingo, o Vitória sofreu apenas seis gols em nove jogos em 2024. O Leão, inclusive, não perde no seu santuário há 22 partidas. É a segunda maior sequência invicta do clube na história do estádio.
– A gente sabe que esse elenco está fazendo coisas boas desde o ano passado. Foram seis anos sem passar de fase no estadual. Muita gente achou que teria uma distância grande para o rival, a gente mostrou que tem capacidade para fazer bons jogos. Nossa expectativa é fazer grandes jogos na final e brigar por coisas boas – projetou Léo Condé após a última partida do Vitória.
Força ofensiva
O quarteto criativo do Bahia fez valer a alta expectativa e conduz o melhor ataque do Campeonato Baiano, com 28 gols marcados em onze partidas. Curiosamente, o Tricolor não tem nenhum jogador na disputa da artilharia do estadual, que pertence a Alerrandro e Osvaldo, ambos do Vitória, cada um com cinco gols.
Everton Ribeiro, Rafael Ratão e Estupiñán são os tricolores com mais gols no Baianão: três. A ausência de um homem-gol reforça a ideia de que o Bahia de Rogério Ceni é mesmo o "Bahia dos meio-campistas". O time tem como ponto forte o volume ofensivo para criar muitas chances de finalização, o que ajuda na construção de goleadas.
Caio Alexandre, Cauly, Everton Ribeiro e Jean Lucas formam quarteto criativo do Bahia — Foto: Divulgação/EC Bahia
Em 2024, a principal referência ofensiva do Tricolor é Thaciano. Um meio-campista que tem atuado como falso nove para atacar espaços e criar chances de finalizaçao. Ele tem oito participações em gol na temporada. São cinco bolas na rede e três assistências.
– O Thaciano não é o cara que dribla, não é o cara que mais salta, mas é o cara que melhor reúne todos os aspectos. É o cara que é nota sete em tudo. Reúne várias características e precisa ser muito valorizado. Quando eu preciso dele aberto, ele faz, de pé trocado, ele faz. É um jogador muito útil. Faz todas as coisas bem. E o principal, ajuda na hora de marcar. Nunca se entrega. Ele só sai quando está já sem condições. E está em um ano muito especial. Talvez seja nossa principal peça – avaliou Ceni.
Thaciano e Wagner Leonardo no Ba-Vi — Foto: Letícia Martins / EC Bahia / Divulgação
O próximo confronto entre o ataque do Bahia e a defesa do Vitória está marcado para as 16h deste domingo (horário de Brasília), no Barradão. Rubro-Negros e Tricolores medem forças no jogo de ida da final do Campeonato Baiano, que vai conhecer o campeão de 2024 na próxima semana, dia 7 de abril.
*Estagiário sob supervisão do editor Ruan Melo
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