A primeira foi a entrada de Léo Gamalho ao longo do primeiro tempo, mesmo que tenha sido forçada por causa da saída de Osvaldo, com dores na coxa. O centroavante marcou o gol da vitória quando o Rubro-Negro já atuava no 4-3-3 (sem o terceiro zagueiro) e com Mateus Gonçalves pela direita para dar a assistência decisiva – atacante havia começado jogo pela esquerda.

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O técnico Léo Condé decidiu repetir a equipe que venceu os dois últimos jogos, contra Novorizontino e Sport, mesmo com Rodrigo Andrade à disposição após se recuperar de lesão.

Inicialmente, o jogo apresentou dificuldades para o lado direito do sistema defensivo rubro-negro. Outros problemas do Vitória foram ofensivos: ficar com a posse da bola no meio-campo e alcançar a área adversária, por exemplo. Sem um centroavante para fazer a função de pivô ou disputar no alto, o Rubro-Negro teve dificuldade diante de uma defesa que não oferecia espaços para profundidade.

Além disso, em menos de 25 minutos, o lateral-esquerdo Felipe Vieira precisou deixar o campo por causa de dores na coxa e foi substituído por Marcelo. Dez minutos depois, Osvaldo também saiu por causa de dores da coxa em um momento do jogo em que o Vitória estava refém de cruzamentos pouco perigosos para a área.

Então, Léo Condé apostou em um centroavante, Léo Gamalho, e mudou a forma de jogar do Rubro-Negro (o que seria decisivo), com um homem referência no ataque, mesmo que por necessidade.

O fim do primeiro tempo mostrou um Vitória pouco produtivo no jogo, deixando muito espaço no meio-campo e com dificuldades defensivas, principalmente pelos lados e nos lances de bola parada. Após rebote gerado em cobrança de escanteio, por exemplo, a Chapecoense acertou a trave com Felipe Albuquerque, já nos minutos finais.

Mas o encaixe de um contra-ataque iniciado por Gegê e complementado por Mateus Gonçalves gerou sobra de bola do lado direito para finalização de Yan Souto. A finalização exigiu defesa de Airton e ainda explodiu na trave no que talvez tenha sido o único lance positivo do Vitória no primeiro tempo.

Mas o desempenho foi tão ruim que Léo Condé sequer esperou a segunda etapa começar para realizar a terceira e a quarta mudanças que tinha à disposição. O treinador trocou Nem por Matheusinho, que tem mais características de armação, e Gegê por Rodrigo Andrade, que possui um jogo mais físico e de avanços ofensivos a partir do meio-campo.

Com isso, Railan praticamente virou um atacante pela direita, na fase ofensiva, e Yan explorou muito o lado direito, como se fosse um lateral. Desta maneira, o defensor cruzou bola para Gamalho quase marcar um golaço da marca do pênalti.

Mas o Vitória seguiu com dificuldades de criação, deixando a torcida impaciente a cada minuto que passava do segundo tempo. Com isso, restou a Condé tentar mais uma estratégia: abrir mão dos três zagueiros, com a saída de Yan para a entrada do atacante Zé Hugo, num clássico 4-3-3.

A mudança fez Railan voltar a ser lateral, e Zé Hugo posicionar-se pela esquerda ofensiva, enquanto Mateus atuou pela direita, algo decisivo para o Vitória marcar o único gol do jogo.

Foi de Mateus Gonçalves, pela direita, que saiu cruzamento na medida para gol de cabeça de Léo Gamalho. O faro de gol e precisão na bola aérea do centroavante resolveram o problema de repertório ofensivo do Rubro-Negro na partida.

O gol "passou a borracha" em um jogo de pouca inspiração ofensiva do Vitória e aconteceu logo depois de o adversário ter chance com gol livre em lance de erro rubro-negro no recuo da bola. Por outro lado, premia a insistência de Condé em buscar o resultado, mesmo que tenha sido necessário variar a parte tática várias vezes na partida.