O América-MG anunciou a rescisão de contrato com o lateral direito Nino Paraíba. De acordo com a assessoria do clube, o jogador pediu demissão. Nino foi citado em conversas de apostadores que estão sendo investigados por supostos casos de manipulação de resultados, na época que ainda defendia o Ceará.
Ex-Ceará, Richard Coelho e Nino Paraíba são suspeitos de manipulação
Nino Paraíba na partida contra o Millonarios pela Sul-Americana — Foto: Mourão Panda/América
Nino Paraíba foi afastado do time dia 9 de maio, após aparecer em conversas com apostadores nas mensagens anexadas na denúncia do Ministério Público de Goiás sobre a manipulação de jogos das Série A e B do Campeonato Brasileiro. Até o momento, ele não está sendo investigado.
De acordo com os documentos da "Operação Penalidade Máxima II", a conversa de Nino com os apostadores seria para levar o cartão amarelo. Ele recebeu a punição aos nove minutos do segundo tempo na partida que terminou empatada por 1 a 1 contra o Cuiabá.
O lateral foi anunciado pelo América-MG em em 26 de novembro do ano passado e fez 18 jogos. Foi vice-campeão mineiro de 2023.
O que é a Penalidade Máxima?
A Operação Penalidade Máxima está na segunda fase da investigação. Quem comanda é o Ministério Público de Goiás, porque foi lá onde surgiram as primeiras denúncias, envolvendo o Vila Nova. Agora, após mais apurações por parte das autoridades, o número de envolvidos chegou a 26. Além deles, há diversos outros nomes que aparecem como citados na investigação do MP-GO, mas, pelo menos até agora, não constam como investigados.
Entenda o caso
A Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público na operação Penalidade Máxima II. Os atletas, que são investigados e defendem outros clubes, vão responder por envolvimento em esquema de apostas em jogos das Séries A e B do Brasileirão. A punição pode chegar a seis anos de cadeia.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve decretar uma suspensão – que pode durar no máximo 30 dias – para os jogadores de futebol denunciados pelo MP.
O MP-GO apresentou duas denúncias, contra 15 jogadores, enquadrados nos artigos 41-C (solicitar ou aceitar vantagem para falsear resultados de competições esportivas) e 41-D (dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição desportiva ou evento a ela associado).
Vários outros jogadores tiveram seus nomes citados na investigação e acabaram sendo afastados por seus clubes. O procurador-geral do STJD disse que ainda vai analisar os documentos fornecidos pelos investigadores de Goiás antes de propor a suspensão preventiva.
Como ainda não foram julgados – nem pela Justiça Comum e nem pela Justiça Desportiva – os envolvidos no caso não estão impedidos de participarem de jogos. Esse status deve mudar com a suspensão preventiva a ser aplicada pela STJD na próxima semana.
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