André Catimba é o homenageado do quadro ‘Minha História’
André Catimba, ex-jogador que marcou época com as camisas de Vitória, Grêmio e Guarani, morreu nesta quarta-feira. A morte do jogador foi confirmada por familiares, mas as causas ainda não foram reveladas.
Carlos André Avelino de Lima era natural de Salvador e foi revelado pelo Ypiranga. Ele chegou ao Vitória em 1971 e vestiu a camisa rubro-negra por cinco anos. Fez parte de um dos que é considerados o maior time da história do Vitória, inclusive participou da histórica conquista do Campeonato Baiano de 1972. No Leão, ele é o segundo maior artilheiro em Brasileiros.
André Catimba é ídolo da torcida do Vitória — Foto: Reprodução
Após a trajetória de sucesso no Vitória, o atacante foi transferido para o Guarani. Ficou apenas uma temporada na equipe do interior paulista, mas o suficiente para fazer 27 gols. No Grêmio, onde recebeu o apelido que carregou por toda a vida, ficou marcado por uma cena em especial durante um Gre-Nal.
Na decisão do Campeonato Gaúcho de 1977, o Grêmio tentava quebrar um jejum de oito anos sem o título. Em um clássico disputado, Catimba balançou as redes aos 42 minutos do primeiro. Na euforia da comemoração, tentou dar uma cambalhota no ar, mas errou o salto e caiu de cara no chão. Imagem que ficou marcada na memória do atacante e dos torcedores gremistas.
André Catimba faz gol do título no Gre-Nal de 77 — Foto: Armênio Abascal Meireles/Agência RBS
Os gols marcados pelo ex-atacante não ficaram restritos ao futebol brasileiro. No ano de 1980, ele foi para a Argentina, onde defendeu o Argentinos Juniors. Na época, Catimba já era um veterano, e, em Buenos Aires, encontrou um jovem talento que estava prestes a explodir. Ele foi o primeiro brasileiro a jogar ao lado de Maradona.
A passagem de André Catimba pela Argentina foi curta, durando apenas seis meses. No país vizinho, o ex-atacante enfrentou algo que vai além do futebol. Dentro de campo, era vítima de injúrias raciais. Maradona foi um ponto de apoio diante de um ambiente extremamente hostil.
André Catimba e Maradona no Argentinos Juniors — Foto: Arquivo pessoal
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