A partida contra o Náutico, marcada para esta quarta-feira, no estádio dos Aflitos, será a 23ª do Vitória na atual edição da Série B do Campeonato Brasileiro. E, até aqui, a equipe ainda não conseguiu vencer fora de casa.
Eduardo Barroca quer o primeiro triunfo do Vitória fora de casa — Foto: Letícia Martins / Divulgação / EC Vitória
Para mudar essa realidade, o Rubro-Negro precisará jogar “no limite” diante do Timbu, de acordo com o técnico Eduardo Barroca, que concedeu entrevista na manhã desta terça, na Toca do Leão.
– A gente respeita muito o Náutico, que está com um treinador novo, o Hélio dos Anjos. Mas a gente sabe que vai ser um jogo muito difícil. A gente vai precisar jogar no nosso limite fora de casa. A gente tem uma necessidade de vencer uma partida fora de casa. A gente está em busca dessa vitória. E a gente sabe que a forma de conquistar isso é jogando no nosso limite e mostrando qualidade de jogo – afirmou.
Desde que chegou ao Vitória, Barroca está em busca do equilíbrio perfeito da equipe. Depois de dar certa estabilidade ao setor defensivo, que não sofreu gols nos últimos dois jogos, o treinador trabalha por uma evolução do setor ofensivo.
– A gente tem trabalhado duro para que consiga fazer gols em decorrência de chances criadas. O Vitória tem um ataque no nível bom. A gente está tentando equilibrar o índice de ataque com melhora defensiva que temos tido nos últimos jogos. Eu acho que o fato de poder repetir mais a equipe, ter mais jogadores à disposição, isso nos amplia a oportunidade de criar mais chances, nos dá um jogo coletivo mais consistente e, naturalmente, nos dá mais chances de vitórias – disse.
A gente fez um grande jogo contra o Figueirense e venceu; empatamos com a Ponte Preta sem sofrer gols. É claro que nos faltou algumas coisas, principalmente de ordem ofensiva, de criatividade.
A partida contra o Náutico é de extrema importância para o Leão, já que os dois são concorrentes diretos na luta contra a zona do rebaixamento.
O Vitória, 16º colocado, tem 25 pontos, cinco a mais que o Timbu, que é o 17º.
Confira outros trechos da entrevista de Eduardo Barroca.
Sequência de vitórias
A responsabilidade vai ser sempre minha como treinador. Estou aqui para assumir responsabilidade e ser um elemento de cobrança interna, para que a gente jogue cada vez melhor e eleve o nível de atuação, para conseguir uma sequência de bons resultados. Se a gente olhar para trás, a gente estava em um cenário mais difícil.
Conceitos do professor
A gente precisa voltar a basear nosso jogo em cima de dois aspectos: a pressão e o controle. Contra a Ponte, nos faltou um controle de jogo com a intenção maior de finalizar. A gente teve até mais posse e finalizou mais contra a Ponte, mas abaixo do que a gente pode. A base do nosso jogo está em cima de controlar o jogo em todos os aspectos que pudermos: bola parada, finalizações… E, no momento em que a gente não tiver a bola, ter o maior nível de agressividade possível para recuperar a bola o mais rápido que a gente puder. E conseguir o equilíbrio defensivo, que acho que temos conseguido crescer bastante. A junção desses pontos vai nos aproximar das vitórias.
Maratona de jogos
Vamos precisar ter planejamento estratégico, porque não é muito comum ter uma quantidade de jogos num período tão curto dessa forma, nesse momento que estamos vivendo. A gente vai presar ser muito assertivos nos treinos, na recuperação dos jogadores. É muito importante que os jogadores que estão fora consigam se recuperar para a judar a gente, aumentar a competição interna. Isso vai ser muito importante nesse momento. Naturalmente, na sequência, vamos perder alguém, por cartão ou por leão. É tentar ser o mais estratégico possível na carga de treino, alimentação, recuperação, para que a gente passe por esse período da melhor forma possível.