Loffredo condena postura de Paulo Carneiro após a partida contra o Ceará: “Tem que se dirigir a um psicólogo”
Em jogo marcado por expulsões e polêmica, o Vitória foi batido por 4 a 3 pelo Ceará e eliminado da Copa do Brasil na noite da última quarta-feira. Mas o principal personagem da partida foi o presidente do Vitória, Paulo Carneiro. Na saída para o intervalo do jogo, o dirigente invadiu o campo para reclamar do árbitro e, em seguida, foi até o meia Vinícius, que se preparava para conceder entrevista, e ameaçou o jogador.
– Aqui se apanha. Você sabe que aqui você apanha. Comigo a história é outra. Sabe disso? Fica caladinho aí. Seu vagabundo, lhe dou porrada, seu vagabundo. Comigo a conversa é outra. Aqui você apanha, seu vagabundo. – bradou Paulo Carneiro.
Paulo Carneiro, presidente do Vitória, invade campo e ameaça Vinícius, meia do Ceará — Foto: Reprodução
A atitude do presidente foi relatada em súmula pelo árbitro Paulo Roberto Alves Junior.
No SporTV News desta quinta-feira, o comentarista André Loffredo criticou a atitude do presidente do Bahia.
– As pessoas que querem resolver qualquer situação com esse tipo de atitude, eles não deviam estar nem inseridas na sociedade. No mundo do futebol é lamentável. Uma pessoa que não tem postura para tratar com as outras pessoas, não poderia ser dirigente de nada.
– Não podia dirigir nada. Não pode nem se dirigir. Tem que se dirigir a um psicólogo e, aí sim, se cuidar e aí tentar ser alguma coisa para poder participar da vida em sociedade – completou.
Loffredo pontuou que, mesmo que se sentisse prejudicado ou injustiçado, o presidente não poderia se exaltar dessa forma.
– Quando a gente está em um jogo de futebol, a gente vê algumas coisas acontecerem, acho que algumas injustiças foram cometidas, e podem até se exaltar e às vezes perder um pouquinho o tom. Não nesse nível. Esse nível é baixíssimo. Acho que as pessoas durante um jogo de futebol podem fazer uma reclamação com o árbitro, acabar sendo expulso, podem cometer um erro de avaliação, sair um pouquinho do tom, mas não nesse nível. Esse nível realmente não é admissível para o futebol brasileiro – concluiu.