Lucas Arcanjo deve ser o goleiro titular do Vitória na disputa do Campeonato Baiano — Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória / Divulgação
O goleiro Lucas Arcanjo vive uma situação inusitada neste início de temporada. Na equipe profissional do Vitória, ele é o terceiro reserva, atrás de Martín Rodríguez e Ronaldo. Já no time sub-23, que disputará o Campeonato Baiano, o atleta de 21 anos é o dono da posição de titular.
Dividido entre os dois grupos, o jogador concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira e comentou a “vida dupla” na Toca do Leão.
– Estando no profissional e no sub-23 pego experiência com o Martín, Ronaldo, professor Luciano, professor Ferreira. É bem gratificante para mim. Poder jogar no sub-23 é bom também porque pego minutagem para jogar se precisar no profissional.
A rotina atual é no sub-23, mas Lucas Arcanjo sabe que pode ser chamado a qualquer momento para integrar o elenco profissional e ficar à disposição do time comandado por Geninho. Para o goleiro, é preciso estar com um olho em cada grupo.
– Hoje no sub-23. Na verdade. Tem uns três dias que estou treinando no sub-23. Quando cheguei, me apresentei ao profissional. Aí teve uma reunião com os treinadores de goleiro. Decidiram treinar no sub-23 e, se precisar no profissional, eu fico de sobreaviso.
Lucas Arcanjo é o único goleiro do grupo sub-23 a já ter atuado como profissional. No ano passado, ele participou de uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro. Assim, apesar de ter apenas 21 anos, ele é o mais experiente da equipe, que também conta com João Pedro e Yuri como opções para o gol.
No Baiano, Lucas terá a chance de ganhar sequência em uma competição profissional pela primeira vez na carreira. Diante da oportunidade de mostrar serviço, o goleiro não esconde a empolgação.
– Para mim é muito importante. Tem que dar a vida. Oportunidade única para dar seguimento à carreira.
A estreia do Vitória no Campeonato Baiano será no dia 22 deste mês, contra o Jacobina, no Barradão. A partida está marcada para 19h30 (de Brasília).
Confira outras declarações de Lucas Arcanjo:
Origem da família
– Meu pai não queria nem que eu fosse goleiro, ele passou em muitos times e tal. Disse que era uma profissão muito sofrida. Quando me levava para os treinos, eu ficava só no cantinho vendo goleiro treinar. E aí quis levar para mim, dar seguimento na carreira dele, que ele não teve tanto sucesso assim.
Relação com o pai
– Todo dia depois do treino ele me liga. Quando ele vem para Salvador, a gente é do interior, de Pitiriba, ele faz questão de acordar cedo, vem comigo, fica assistindo. Conversa comigo antes dos jogos. Quando assiste aos jogos, liga para mim depois.
– Ele começou no Galícia, foi para o Mogi Mirim, começou a rodar lá. Noroeste, Mirassol. Em 97 ele foi campeão com o Sampaio Corrêa da Série C do Brasileiro. Teve bastante bagagem para passar para mim
– Como falei, ele que me passou tudo. Questão de experiência, fala que é oportunidade única para mim. Ele conversa comigo. Ele me fortalece bastante e me deixa bastante forte mentalmente.
Galícia
– Estava treinando no interior em 2014, fui para o Galícia, meu pai me levou para lá porque tinha uns contatos. Fui em 2014, joguei alguns campeonatos. Em 2015, depois da Copa São Paulo que teve a transação com o Vitória
Pré-temporada
– Treinos bastante intensos. Professor Rodrigo está intensificando bem a parte física. Quando são dois turnos, pela tarde é mais com bola, mais tranquilo.
Titular do sub-23?
– Ainda não falaram nada, mas tudo indica que sim. Quando sai de férias, já estavam falando que seriam uma oportunidade. Vamos ver nos treinos.
Time preparado para o Baiano?
– Como todo time tem os pilares, os mais velhos, no dia a dia a gente vai conversando com os mais novos que não é tudo isso que a galera fala, para ficar tranquilo. A gente vai passando para eles. Tem que encarar como uma oportunidade.
Psicológico
– A gente já começou o ano com o psicológico bem positivo para o ano. Com certeza vai ser diferente do que ano passado. Os resultados vão vir.
Paciência
– Goleiro tem que ter paciência, treinar intenso, como se fosse jogar. E esperar oportunidade. Foi o que eu fiz no ano passado. Estou pronto para jogar. Primeiro Baiano profissional. Com o ânimo lá em cima
Pênaltis de Carleto
– Tem uma força que… (risos). Ele bate e não tem como. Só se ele bater em cima da gente. É bastante difícil. Muita força.
Adiamento da estreia do Baiano
– A gente ganha mais uma semana. Fisicamente, tecnicamente, entrosamento do time. Fica mais preparado para a estreia porque é um campeonato difícil. Dá para o professor Aguinaldo dar uma organizada legal no time