Expulso na derrota para o Ceará, nas quartas de final da Copa do Nordeste, Gerson Magrão foi julgado pela 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na última sexta-feira e condenado a quatro jogos de suspensão. O atleta do Vitória recebeu cartão vermelho direto ao pisar no atacante Jacaré, que estava caído no gramado após uma disputa de bola.
O diretor jurídico do Vitória, Dilson Pereira, explicou ao ge que, como a Copa do Nordeste já chegou ao fim, Gerson Magrão precisará cumprir a pena em outra competição organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dessa forma, o atleta pode ficar fora dos próximos jogos da Copa do Brasil e Série B. O clube entrará com um recurso e pedido de efeito suspensivo até que o caso seja julgado no pleno do STJD.
– Como a Copa do Nordeste é uma competição da CBF, a punição se aplica em todas as competições organizadas pela CBF. Deveria ser cumprida na Copa do Nordeste, mas como já acabou, deve ser cumprida na competição em curso que a CBF seja organizadora. A gente estará recorrendo hoje da decisão, para conseguir o efeito suspensivo e deixar o jogador apto. A votação foi 3 a 2. Respeitamos a decisão do STJD, em uma de suas comissões, mas a gente discorda. Por isso, vamos recorrer para diminuir a pena.
Gerson Magrão foi punido com quatro jogos de suspensão — Foto: Letícia Martins / Divulgação / EC Vitória
No mesmo julgamento, Paulo Carneiro foi absolvido da denúncia de ter desobedecido ao protocolo médico por estar no estádio sem usar a máscara adequadamente. O episódio ocorreu durante o segundo tempo da partida contra o Ceará, quando o árbitro percebeu que o presidente rubro-negro estava com a máscara abaixada.
– Evidentemente a gente nem entendeu a denúncia. Ele estava sozinho no local, não colocava ninguém em risco. Tirou a máscara, mas no momento em que foi chamado a atenção, alguém falou com ele, colocou novamente. Teve postura de boa-fé, que foi levada em consideração. Ele não se recusou a usar a máscara. É um “novo normal”, estamos todos nos habituando – afirmou Dilson Pereira.