No segundo jogo contra o Ceará na temporada, o Vitória acabou batido mais uma vez por 1 a 0 e deixou a Copa do Nordeste. Só que, diferente da primeira partida, que foi disputada pela Copa do Brasil e afetada por um forte temporal, a equipe rubro-negra, neste sábado, impôs mais dificuldade ao adversário. Mas não o suficiente para fazer pressão e garantir vaga nas semifinais – apesar de ter ficado com um jogador a mais por cerca de 20 minutos no segundo tempo.
Para levar a vaga para as semi, o Ceará não precisou fazer um grande jogo ou ser brilhante, mas forçar o erro do Vitória. No início da partida, o Vozão pressionou a saída de bola do Rubro-Negro, que teve dificuldade com os dois laterais, e criou suas oportunidades. No final da primeira etapa, foi premiado com um toque de mão bobo de Thiago Carleto na área, lance que originou o pênalti convertido por Vinícius.
Ceará bateu o Vitória pela segunda vez no ano — Foto: Pietro Carpi/Divulgação/E.C. Vitória
Aos poucos, o Vitória se ajustou no primeiro tempo e passou a ficar mais com a posse de bola e criar uma ou outra chance. Só que o time mostrou desequilíbrio mais uma vez e concentrou as suas jogadas pelo lado esquerdo; outra opção usada era afunilar na entrada da área. Na direita, Van e Felipe Garcia não conseguiram combinar jogadas.
No segundo tempo, o Vitória teve ainda mais a posse da bola, não apenas pela expulsão do zagueiro do Ceará Luiz Otávio, mas pela própria postura do Vozão. Apesar disso, o time baiano não conseguiu “incendiar” o jogo ou pressionar, com efetividade, o adversário. Conseguiu criar poucas oportunidades, escancarando suas limitações. E alguns pontos merecem destaque:
- Por mais que tenha sido responsável pela expulsão de Luiz Otávio, Jordy Caicedo não conseguiu dar fluidez ao ataque. Não conseguiu segurar a bola e cometeu erros técnicos bobos. Velocidade e força física não foram suficientes para superar um adversário totalmente recuado.
- Nenhuma das substituições feitas por Bruno Pivetti mudou a cara do jogo. Junior Viçosa, Ruan Levine, Jean, Mateusinho – este entrou no final da partida e não teve muito tempo – e Gerson Magrão foram os escolhidos pelo treinador. O último acabou até sendo expulso.
- Faltou ousadia ao técnico. Com um jogador a mais, a primeira substituição de Bruno Pivetti foi trocar Felipe Garcia por Ruan Levine. Felipe Garcia não estava bem no jogo e poderia até ter saído antes, mas o treinador rubro-negro poderia ter aproveitado para mexer na trinca de volantes, até porque o Ceará abriu mão de atacar com as mudanças feitas por Guto Ferreira.
Diante desta situação, Fernando Prass fez uma defesa ou outra, o Ceará continuou abusando do bicão para longe sem se preocupar em ficar com a bola, e o Vitória girou de um lado a outro sem poder de penetração na área. Resultado foi a segunda derrota para o Ceará, novamente sem marcar gols, e eliminação no Nordestão.
Com muitos problemas para resolver, Bruno Pivetti ainda vai ter mais um encontro com o Ceará, desta vez no segundo jogo da terceira fase da Copa do Brasil. Nesse meio tempo, vai ter que quebrar a cabeça para fazer o time não passar vexame e acabar eliminar do Campeonato Baiano ainda na primeira fase.